21/06/2008

nem penas.

image by rantisek drtikol


há tanto tempo esperas. sem repouso


serão anos. milénios? não sei bem


sei dos teus braços abertos para mim


desde que o universo nos fez separar



photo by Bob T


e eu não te segui. que nem podia. pensava não poder.


prendiam-me as raízes que afinal não tinha


os loucos e as aves não deixam na terra mais que penas


próprias. o mais do tempo é deles. para voar.


perdoa meu amor. ainda não sabia. é tarde já?


não deixes cair agora os braços. não agora


que sei. e nem as penas solto. para ninguém lembrar




7 comentários:

adouro-te disse...

... os loucos e as aves não deixam na terra mais que penas próprias. o mais do tempo é deles. para voar.

Tão lindo, Madalena, tão!
Beijo.

Gabriela Rocha Martins disse...

quemadrinha!

consegues com o teu azougamento ultrapassar.me ,o que é difícil ,mas é muitíssimo bom sinal

estás viva

e

continuas cada vez melhor

uma escrita que ,de dia a dia ,se aperfeiçoa


.
um beijo
[ muito encharcado porque é só o que apetece com este calor..... ]

Alberto Oliveira disse...

Não há rios iguais nem penas
mas tu meu amor não temas
que um dia os rios vão-se encontrar
e então meu amor eu vou-te amar*


*Rima construida com os pedaços de prosa e de música deste simpático lugar. Bjs e óptimo domingo!

Madalena disse...

Mateo, Muito obrigada. :)

Maria Gabriela, força da amizade esse falar de aperfeiçoar. Eu já não tento aperfeiçoar nada. Nem o Mundo, ;) Bjs

Legível, Obrigada pela síntese em verso. É isso mesmo.

Bom domingo a todos| :)

della-porther disse...

o bom das águas é o encontro.

lindo texto!

beijos

della

Madalena disse...

O bom da água, Della, é a sua enorme capacidade de dissoluçãp. (ou será limpeza?)

Bjs
Obrigada :)

poetaeusou . . . disse...

*
penas perdidas,
esvoaçantes,
vividas,
,
conchinhas
,
*