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12/02/2009

"Bicho, meu lindo Bicho!" Não parece que foi ontem. Foi Hoje.

pink pansy
foto de madalena pestana dedicada a Nuno Bragança

"À descoberta de Nuno Bragança

Nem livro nem página em branco: a vida e a obra do escritor Nuno Bragança, nascido há 80 anos, continuam, ainda, demasiado desconhecidas.
(...) Nuno Bragança era um e vários, memória pessoana (...)" por Sílvia Souto Cunha em Visão - Cultura, Figura. (12 de Fev. de 2oo9 - pág 100)

A este texto, dos melhores que li, pelo que conheço do autor, e mais se aproximou (por não tentar parecer saber o que , de facto, não sabe) e, com o apoio do filho, Manuel Luís de Bragança, "o mais velho dos cinco filhos do autor", urge só uma pequena adenda: o nome dos outros filhos ou "os nossos putos" como ele, Nuno, preferia chamar-lhes: Maria de Bragança, Teresa de Bragança, Marco de Bragança, Leonor de Bragança (os dois últimos, filhos dele e da sua segunda mulher).

___*___

assim, meu Bicho, a lista está completa e, se a noite perdura, ainda ouço a tua gargalhada estridente no ar. o teu Riso. como agora. sempre que sabes porque digo o que digo.



PS. "Isto anda tudo ligado" - tu, citando Tolstoi.

e... ter nascido no dia de Darwin, Homem?

até já.

Magda

05/01/2009

senhor "Deus dos Exércitos"

image at mjbryan.com


filhos de Abraão _ Isaque e Ismael


"Pesquisadores fizeram um estudo de DNA e comprovaram que judeus e árabes são parentes próximos, como diz a Bíblia. A descoberta significa que todos são originários de uma mesma comunidade ancestral, que viveu no Oriente Médio há 4.000 anos. Isso significa que a genética comprovou o parentesco bem próximo, maior que o existente entre judeus e a maioria das outras populações.


Segundo eles, quatro milênios representam apenas 200 gerações. Esse tempo seria muito curto para mudanças genéticas significativas. Os cientistas envolvidos no estudo também perceberam que, apesar da longa diáspora, as populações judaicas mantiveram intacta a identidade biológica. Eles afirmam que o resultado não apenas está de acordo com a tradição bíblica, como refutam a tese de que as comunidades judaicas atuais consistem principalmente de descendentes de convertidos de outras crenças."


Pois. Há lá pior que guerras fraticidas?


Há. Há simplesmente a Guerra - uma intenção eterna do homem. sobre a Terra.


26/08/2008

à laia de um até já do qual não sei a idade


cito:





"A Terra não é nossa, foram os nossos filhos que no-la emprestaram" - Senghor




Image by pinoperrotta

26/06/2008

Mar limpo. até de mim

photo by Valery

hoje

hoje mergulho de alegria. alívio. pasmo.

tudo era tão simples. e eu sem ver

as janelas estavam escancaradas. e eu sufocava


a Vida estava ali. ao lado. e eu não vivia


parada no tempo em que ao parir. perdi.

não foi bem ao parir. não. essa beleza não a dou a ninguém!

nem ao fazer das crias gente capaz e útil


não . não foi aí. não foi.


foi só ao distrair-me. por cansaço.

por não ver a serpente. sequiosa de ovos, ou louca de

poder sugar-lhes NOME e SANGUE.

quase prontos para a Vida que eles estavam....

a tal. a dura. a de todos os dias. meios-dias e noites.


ah! mas hoje mergulho em água limpa a sal

que se dane o passado!

quem não cresceu vai bem a tempo ainda


eu vou com as ondas. até ao fundo. até ao meu sangue


lá em cima sujo. caluniado

e aqui reciclado. para sempre.

pelo Mar.


18/10/2007

escolhas.


    image by Jody Fenton

    a arca muito velha não tem chave. como dantes quando Maria estava por aqui e a abria para buscar uma história ou um livro precioso para ela ou um brinquedo oferecido pelos filhos e subraído à voracidade da mãe, que sempre o exigia, coisas de avó a que ela acedia com sofrimento mas sempre na vontade de lhe conquistar o afecto. nada ganhou com isso. sei eu. sabemos muitos.

    tropeço neles agora. barro. madeira. mãos de trabalho e carinho infantil estão lá espelhadas.

    apesar do pavor que tinha de ver as suas"coisas" devassadas pelos corvos, não há trancas. só a chave da porta era fechada e assim continua.

    pego os papéis e espalho-os no chão. sento-me à beira deles. não são muitos já. excepto os dois livros que como ela dizia, tinham passado o prazo de validade. num papel, tirado ao acaso, que eles nem data têm muitas vezes:

    image by Jody Fenton

    sofro às mãos de mim a minha história. escolhas são escolhas e eu escolhi este amor. mas não escolhi o aqui. o como. o onde. tudo o demais foi sendo acrescentado à minha juventude como se ser jovem significasse força sobre-humana.

    todos dormem na casa gigante, excepto eu. e é assim quase todas as noites. levanto-me. visito o sono deles. acaricio os sonhos que desejo felizes. os dos filhos. sorrio de ver a mãe como uma pedra no fundo de um poço, com a respiração mais lenta que a de lagarto a hibernar. amanhã vai dizer, como quase todas as manhãs: " não dormi nada. os meninos deram uma noite terrível...". ladadínhas que já sei de cór. nunca respondo. não valeria a pena.

    o marido? esse dorme o sono dos anti-depressivos, dos barbitúricos. da morte diária nessa hora e a ser adiada dia a dia. quanto tempo irá ele resistir? quanto tempo resistiremos todos? e os meninos, por quanto tempo mais lhes poderei esconder o pesadelo?

    desci para buscar água. não tenho vontade de subir. que faço eu aqui? que faço eu da noite ? que faço eu do futuro? que futuro há por ver?