16/06/2008

os rios dos rostos

image by Karel Sobota

a chuva de quase verão lavou os caminhos sujos. há limpidez de novo. há primavera na transparência com que olho e vejo a vida. a minha vida. o tal quase final dela.

as nuvens do céu reflectidas no chão dão-me uma sensação de intemporalidade e infinito. que bom! para finita basto eu.

as nuvens incomodam-me tão pouco como as rugas do rosto. dão mais brilho ao céu quando regressa o sol. tal como as rugas são sulcos. sulcos de rios que correram por eles. rios de lágrimas. de prazer. de coragem. de esperança. rios que fizeram lagos em muitas outras vidas.

rugas-rios que dão brilho novo às estradas ainda por andar.

7 comentários:

poetaeusou . . . disse...

*
olhos rasos,
de esteiros de coragem,
os teus,
,
concinhas rasas de amizade
,
*

Teresa Durães disse...

também me sinto assim :) o céu coberto, a chuva ligeira acordam-me para a vida

tchi disse...

Blog criativo, apelativo e inspirador.

Regressarei, até porque «NÃO HÁ RIOS IGUAIS».

agradeço a visita e interrogação deixada no pérolas.

maria josé quintela disse...

rios navegáveis do tempo na geografia da pele!

Madalena disse...

Obrigada amigos pela presença e pelas palavras. A inspiração ainda anda com um "galo" na cabeça, da pancada narrada abaixo, mas o tempo cura tudo.

O Tempo.

Bjs :)

Gabriela Rocha Martins disse...

bora dar uma caminhada por aí?

BORA?

boa ,quemadrinha!



.
um beijo

Madalena disse...

Bora! :)

Bjs quemadre.