cubro-me a verde. não de esperança _______ não espero
já é outro o sentir
mostro as rugas à terra _______ olhos nos olhos
confiança de filha na mãe única. de braços sempre abertos
de colo sempre ali
é uma espera longa. a de partir. e eu já não sei ficar
nada me prende
penso - ainda amo. e entristeço. de nada já isso me irá servir
cubro-me a verde _______ erva que o inverno permite sobre a lama
sem cantos de ave. um silêncio nocturno
e faço amor sonhando. como tantos
o outro corpo? nunca o encontrarei pele contra pele
talvez assim _______ na Terra. todo a verde coberto
talvez assim _______ num dia por haver
9 comentários:
Metáfora da morte? Se o é, é de uma beleza exaltante e quase redentora.
(mas não tenho a certeza se li bem - o poema é sempre um labirinto...)
Gostei do texto a foto é linda
beijos
Lúcido em demasia
este 'demasia' não é defeito, é dor.
olhar bem a vida de frente e pegá-la de cara e de olhos bem abertos.
Doi que se farta
beijinho
A Terra é mãe, a Terra é retorno...
Até outro instante
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Delicio-me com textos assim, sofridos, e que mostram o quanto sabe bem viver.
para além de uma imagem soberba o texto me encantou.
um grande beijo
della
mesmo que não se espere o mergulho no verde é tão bom!
Obrigada a todos.
A "barra anda pesada" mas lá se vai conseguindo carregar. Coisas de geração antiga...
:)
Beijos
A Terra solísticio da vida.
Para mim o mais belo de todos.
Aproveito e desejo um Feliz Natal num beijo doce.
Obrigada Mateso.
Um beijo para ti e um Bom Ano! :)
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