seguro os papéis de Maria como se fossem meus. talvez mais. ela não os relia. atirava-os para o canto até resolver guardá-los numa arca quando, numa mudança de casa, os encontrou. lembro de a ouvir exclamar ao ler um deles - isto é escrito por mim?
soltava a escrita como soltava tudo. carregar com ela sempre só as pedras que fora acumulando. achadas em viagens, na rua ou compradas em feiras, as de cor.

ainda é no teu amor que sobrevivo
ainda é nele que encontro paz
meu amigo de sempre. meu abrigo
tu pedrada no charco em que vivia
tu vida já na morte
tu ferida em mim aberta dia a dia
tu angústia tu raiva tu sonho tu verdade!
vem-me de ti a força para sorrir
e pisar firme rumo a um qualquer norte.
7 comentários:
obrigada Madalena...
escrita solta por entre a água.
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um espaço onde respirar é possível.
este seu.
/piano.
madalena
um papael.um tesouro.
a força para continuar.
beijos
della
Olá Senhora das Palavras
Acreditas que tua visita ao meu espaço deu-me estímulo para lá voltar a escrever?
Obrigada.
Aqui vou voltar. quero ler, junto consigo, os seus papéis.
Gosto imenso de vossos espaços.
um abraço
Cordda
*
for�a umbilical,
em tocadas aguas,
*
Querida Madalena
________andei
nas tuas águas__________e recolhi tesouros______de
_________riqueza sem igual________...
Beijo com carinho
Muito obrigada. A vossa companhia, mesmo a silenciosa, faz-me bem. :)
Madalena,
Bonitas as tuas palavras, temos de arranjar força onde ela exista para poder continuar para a frente, para caminhar, para viver.
"...Tristeza também é criança a sofrer
É alguém que em nós mora perder
É continuar a andar sem querer
É estar vivo e procurar morrer..."
Bom fds.Bjos***
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