aprendi-os ao espelho, os beijos que te dei.
coisas de solidão. puritanismos de outros. timidez.
que desejava eu na hora de brincar boca com espelho? - a ti.
a ti parecia tudo dirigido. conceberam-me sem saber, para ti.
e agora? agora que o tempo me gastou a lisura da boca
e a esperança de vida sendo muita, me é pouca
e não há lábios espelhados e nem espera a vencer
que faço agora, diz, ao teu sabor ausente?
não me sei viva ou morta - sei-me história
qualquer coisa passada sem futuro e olho-me
como se me visse distante, desdobrada
uma outra eu, lá do cimo de um muro
agora, penso sem saber para quê
recordo, amo anseio sem saber a quem
coisa patética de quem por nada, sente
não me sei viva nem morta e, sei-me gente?
2 comentários:
Podes crer que foi com bastante alegria que vi o teu comentário no "Beja".
Assim como um amigo que regressasse de lonjura, de há tempos sem nos vermos.
Vou tentando participar e alertar que a net não é só poesia...
Avisa sempre que mudes de morada pois gosto de te acompanhar.
Bom domingo
beijos
Romany
vim matar saudades de boas palavras e do som do Rios, que já faziam falta.
deixo um beijo
uma boa semana
della
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