22/10/2007

no centro de mim

Grass by Norm La Coe


cansada de viver de encontro ao vento nos tempos que estes tempos me trouxeram

voei direita ao dia que fechava com a pressa de quem tem alguém à espera

a tropeçar nos pés da luta inglória de ter de contar histórias que não sou

à beira de ser morte cá por dentro com fúria de ciclone ainda por fora

à beira de ser vida violenta com a morte a querer fechar-me a última saída

à beira de... à beira de...


- que é que eu dizia? chegaste meu amor. respiro agora.

não não é vendaval, é maresia. não é morte nem vida é gargalhar!

o que parecia ser engolir vento era a força do teu respirar

a entrar em correria no meu centro.

14 comentários:

poetaeusou . . . disse...

*
soberbo
,
deixo um xi
,
vou
*

Unknown disse...

"... o que parecia ser engolir vento era a força do teu respirar...
Estou louco ou "senti" um...
... beijo?

O Profeta disse...

Venho deixar-te duas gotas de puro orvalho
recolhidas na lagoa, três folhas de mandrágora
e o feitiço da lua que aprisionei no meu querer…

Sei que lhes vais dar bom uso

Doce beijo


Mágica noite

Fragmentos Betty Martins disse...

Querida Madalena

MARAVILHOSO____________________sem mais palavras

Beijinhos com carinho
boaSemana

aDesenhar disse...

vim beber um pouco da tua escrita.água.pura.cristalina.

beijo amigo

Berta Helena disse...

É a primeira vez que aqui venho. Parei porque gostei do seu Não há rios iguais. É um lugar agradável. Espero voltar.

Era uma vez um Girassol disse...

Neste rio me me deixo deslizar, nele encontro a frescura e a beleza que tanta vezes falta...
Nas imagens, nas palavras, nos sons.

Deves imaginar então como me senti...
A falta que me fazia mergulhar naquelas águas límpidas.
Beijinhos

Rui Caetano disse...

É incrivelmente belo. Não consigo encontrar outras palavras para descever o texto e a imagem. Gostei imenso.

Anónimo disse...

Vim beber as tuas palavras... como sempre elas são magníficas.

Um beijo.

david santos disse...

O caso Cláudia, não está perdido. Mandem Mails a esta gente e não só:

geral@embaixadadobrasil.pt

Temos que estar solidários com a menina Cláudia.

Pede a outros blogues que façam o mesmo.

della-porther disse...

Madalena

gosto de sentar á beira deste rio,um rio que não é igual a nenhum outro que já vi.e gosto de ficar ouvindo-o no sabor de palavras que ora me tiram o folêgo que ora me deixam a pensar.

um beijo carinhoso

della

linfoma_a-escrota disse...

Ai vozes nebulosas,
que hei-de fazer com vocês?
Quero soltar-me e fugir da liberdade
que sempre tive e menosprezei de
tanto me fartar de vos assediar os cotovelos,
só mordem catástrofes desiludidas, mesmos
incêndios paralizados por entre ciúme
de perguntas pretensiosas, incontroláveis,
imploram por minuto de calma que decepe
e comprima a paciência cansativa do amor
até limites criaturialmente caricatos,
já nunca demonstramos auxílio contido
e, a pouco e pouco, deixam-se prescrever
ordens num solene amontoar de desinteresse.
Sempre senti que não faço parte desta vida,
sou autista, atrasado mental, modesto-convencido
sem conseguir valorizar absolutamente nada,
vítima d’ataráxica hipersensível chulice,
capaz de me rejeitar, analisar, admirando-vos
declaro muita silhueta e nada posso comprovar,
como resíduo tóxico ignoro despedidas fulcrais
dolorosas nos relances em retrovisores cardíacos,
embriagados de gritos e tiros iguais ao inevitável.
Discuto nossa tragédia desconfiada, externa,
com exageros desmesurados d’impulsividade,
outros padrões não desconheço tão mal
para vos fazer ouvir que a minoria respira
tanto conflito e amnistia endémica quanto a
bomba sem chumbo varia o preço do combustível
e, que a embalagem hipócrita abomino
porque tenho esperança no vosso futuro, em
estereofonia, com diálogos hidropónicos
sobre o enfunilamento de octossílabos num
microfone não presunçoso da sua supremacia.


in trepidação / trepanaºão 2004



www.motoratasdemarte.blogspot.com

Madalena disse...

Muito obrigada a todos pelos exageros carinhosos. :)

Já ando meio destreinada neste alinhavar de palavras mas vamos tentando. Bjs.

_________

Motos-lá-de-Marte, publiquei o texto porque de censura fiquei farta, mas era mesmo aqui que o queria postar?

Se é um comentário, vou tentar dividir as orações durante a noite. É complexo demais para a minha frágil intelígência mas quem sabe o inconsciente faz essa maravilha. :)

Madalena disse...

Cochilei uns minutos no sofá e... aleluia! ainda consigo entender estas coisas de intelectuais, a "salinidade" não me entorpeceu a memória. Obrigada pela contribuição para este post. Sempre que quiser distribuir ideias, não se iniba. :)