e o rio corre com a nossa vida dentro. como nos outros dias. corre e arrasta tudo no caudal. lava. liberta os depósitos que sujavam as margens.
um rio tem duas margens - a nossa e a dos outros e ainda que vistas da distância pareçam semelhantes, nunca o são.
mas interessa é o rio que corre. o rio que corro. o rio que corre em mim e me liberta e limpa de passados. o que importa é viver. não sem sofrer eu sei. a vida é isto: uma dose de amor, outra de dor. a vida é. e pronto.
o rio segue.
6 comentários:
Amiga querida
Corre sim o rio e ainda bem que corre. E leva tudo e nos alivia com sua água limpa.
Bom vir aqui e ler-te.
que seu rio continue a correr com mais doses de amor.
beijos... como águas carinhosas.
della
Obrigada Della. :)
Bjinho
Madalena:Este teu texto é lindo e com muito simbolismo.Mas o rio nunca se pode divorciar das suas margens, afagá-las, outras vezes romper por elas quando os seus caudais vão revoltos de caminho para o mar...
Eu volto para atrvessar as águas deste rio!
Kiss!
Jorge madureira
Obrigada José Madureira.
Claro que não se divorcia das margens. Mas nem sempre as margens limitam o caudal. E as enxurradas são fertilizantes. :)
*
olhando em volta,
há um deserto,
e
um rio seco,
em,
seca vida
*
ji
*
O deserto é outra forma de mar. O mar é a direcçao dos rios. O seu sentido último,Poeta. :)
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